O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou neste sábado (24) que o país enfrentou mais uma noite de intensos ataques russos. Em publicação na rede social X (antigo Twitter), ele lamentou as mortes e destruições provocadas por mísseis e drones em diversas regiões ucranianas.
“Foi uma noite difícil para toda a Ucrânia”, escreveu Zelensky. “Fragmentos de mísseis e drones russos estão sendo removidos em Kiev. As equipes de resgate continuam atuando nos locais dos impactos. Houve muitos incêndios e explosões na cidade durante a noite. Mais uma vez, edifícios residenciais, veículos e empresas foram danificados. Infelizmente, há feridos.”
O presidente destacou que os ataques foram direcionados contra civis e atingiram diferentes partes do país. Ele citou as regiões de Odessa, Kharkiv, Sumi, Vinnystia, Dnipro e Donetsk. De acordo com Zelensky, houve 250 ataques com drones do tipo Shahed, de fabricação iraniana, além de 14 ataques com mísseis balísticos.
“Há mortos. Minhas condolências às famílias e entes queridos das vítimas”, declarou.
Zelensky também criticou a postura da Rússia diante das tentativas de cessar-fogo. “A Ucrânia propôs várias vezes um cessar-fogo — total e também no espaço aéreo. Mas tudo foi ignorado. Cada novo ataque mostra ao mundo que o prolongamento dessa guerra é responsabilidade de Moscou.”
O líder ucraniano voltou a pedir por sanções mais duras. “É preciso aumentar a pressão sobre a Rússia para alcançar resultados reais e abrir caminho para a diplomacia. Esperamos por novas sanções dos Estados Unidos, da Europa e de nossos parceiros. Apenas medidas adicionais contra setores-chave da economia russa podem forçar Moscou a aceitar um cessar-fogo. Agradeço a todos que nos ajudam e apoiam.”
Os ataques aconteceram na mesma semana em que Rússia e Ucrânia deram início a uma troca histórica de prisioneiros. Na sexta-feira (23), cada país libertou 270 militares e 120 civis. A expectativa é de que a troca envolva cerca de mil pessoas de cada lado e continue ao longo do fim de semana.
O acordo para a troca foi firmado na semana ada durante negociações em Istambul, na Turquia — local que também sediou as primeiras conversas entre Moscou e Kiev no início da invasão russa, em fevereiro de 2022. Após a conclusão dessa troca de prisioneiros, espera-se que os dois países avancem na definição de termos para uma possível resolução do conflito.
A guerra na Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa em sua maior crise de segurança desde a Segunda Guerra Mundial.
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