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Trump busca apoio da Ásia para reativar gasoduto bilionário no Alasca

Projeto de US$ 44 bilhões enfrenta imes econômicos e ambientais, mas governo aposta em parcerias com Japão, Coreia do Sul e Taiwan

Trump busca apoio da Ásia para reativar gasoduto bilionário no Alasca

© Lusa

Notícias ao Minuto
04/06/2025 05:50 ‧ há 1 dia por Notícias ao Minuto

Economia

Energia

A istração de Donald Trump está buscando apoio de países asiáticos para reativar um controverso projeto de gasoduto de 44 bilhões de dólares no Alasca — uma das promessas da política energética do atual presidente dos Estados Unidos.

 

“O que o projeto realmente precisa são contratos operacionais de longo prazo”, afirmou o secretário de Energia, Chris Wright, durante uma coletiva de imprensa em Anchorage, transmitida online na última terça-feira. Ao lado do secretário do Interior, Doug Burgum, Wright deu boas-vindas a representantes do Japão, Coreia do Sul e Taiwan durante uma “Conferência sobre Energia Sustentável”, que teve como objetivo atrair esses países para a compra de gás natural do Alasca.

O projeto prevê a construção de um gasoduto de cerca de 1.300 quilômetros, que transportaria gás do norte do Alasca até um porto no sul do estado. Lá, o combustível seria transformado em gás natural liquefeito (GNL) e exportado por navios para a Ásia.

Apesar de ser um sonho antigo dos governos estaduais do Alasca, o projeto enfrenta há anos dificuldades relacionadas aos custos elevados e à viabilidade econômica. Segundo Wright, as negociações comerciais com países asiáticos podem ser decisivas para tirar o plano do papel.

“O projeto está aberto a coinvestimentos, se houver interesse, mas isso não é uma condição obrigatória para avançar”, declarou o secretário. Ele também mencionou a possibilidade de atrair capital privado, especialmente de parceiros do Oriente Médio.

Trump já havia declarado no início deste ano que Japão e Coreia do Sul consideram colaborar com os Estados Unidos na construção do gasoduto. A Coreia do Sul, inclusive, enviou uma delegação de sete membros — a maioria vinculada ao Ministério do Comércio, Indústria e Energia —, destacando que se tratava de uma missão exploratória e não de negociação.

Para Doug Burgum, o projeto é um “teste para ver se os EUA são capazes de construir a infraestrutura necessária para garantir segurança energética e disputar a corrida global por inteligência artificial”, destacando a ligação entre energia e inovação tecnológica.

Na véspera da conferência, o governo norte-americano anunciou que pretende reverter as restrições à produção de petróleo na região do Alasca, medidas essas que haviam sido implementadas pelo ex-presidente democrata Joe Biden. A área abriga vastas reservas de hidrocarbonetos, mas também é lar de espécies ameaçadas, como ursos polares, ursos pardos e várias aves nativas.

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