O Kremlin reagiu nesta segunda-feira (27) às declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que afirmou que Vladimir Putin "ficou completamente louco". Segundo o porta-voz Dmitri Peskov, as falas do líder norte-americano refletem mais uma reação emocional do que uma avaliação racional sobre o cenário atual.
"Este é um momento muito importante, naturalmente marcado por uma carga emocional elevada para todos", declarou Peskov, em entrevista reproduzida pela agência Reuters.
Apesar da crítica direta a Putin, o Kremlin demonstrou um tom mais conciliador e agradeceu a atuação dos Estados Unidos na tentativa de intermediar conversas entre Moscou e Kyiv. "Estamos gratos aos norte-americanos e ao presidente Trump por sua contribuição na organização do processo de negociação", afirmou o porta-voz, conforme reportado pela agência espanhola EFE.
A resposta de Moscou ocorre em meio à intensificação dos ataques contra a Ucrânia, iniciada no último sábado. De acordo com autoridades ucranianas, o exército russo lançou 335 drones no último dia, um número recorde desde o início da invasão em larga escala, em fevereiro de 2022.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, voltou a criticar a comunidade internacional por, segundo ele, priorizar o diálogo com Putin em vez de exercer pressão efetiva. "O mundo gasta mais tempo conversando com ele do que o pressionando de fato", afirmou Zelensky, segundo a EFE.
Durante a campanha eleitoral, Trump prometeu encerrar o conflito entre Rússia e Ucrânia em apenas 24 horas, mas até agora os esforços diplomáticos não resultaram em avanços concretos.
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