Um dos ataques mais intensos da guerra voltou a atingir a capital da Ucrânia neste sábado (24). De acordo com o Ministério da Defesa da Ucrânia, a Rússia lançou 14 mísseis balísticos e cerca de 250 drones do tipo Shahed contra Kiev e outras regiões do país. A ofensiva ocorreu poucas horas após uma significativa troca de prisioneiros entre os dois países, na qual 307 pessoas foram libertadas por cada lado.
Segundo a reportagem da CNN Internacional, as defesas aéreas ucranianas conseguiram interceptar a maior parte do ataque — seis mísseis e 245 drones foram derrubados. Mesmo assim, os artefatos que escaparam ao sistema de defesa causaram destruição em diversos pontos da cidade. Pelo menos 12 civis morreram, entre eles crianças, e dezenas de pessoas ficaram feridas. Incêndios foram registrados no distrito de Solomianskyi, e edifícios residenciais sofreram danos graves na região de Obolon.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, usou as redes sociais para condenar o ataque, que chamou de “mais uma prova de que a Rússia não está interessada em negociações sérias de paz”. Ele também pediu por sanções mais duras contra Moscou e cobrou uma resposta firme da comunidade internacional.
A troca de prisioneiros, realizada na véspera, havia sido considerada um raro gesto de cooperação entre as duas nações, que estão em guerra desde fevereiro de 2022. O novo ataque, no entanto, levanta dúvidas sobre o compromisso russo com qualquer avanço diplomático.
Líderes europeus também reagiram ao bombardeio, acusando o Kremlin de minar os esforços de paz deliberadamente. A ofensiva acontece em meio a uma escalada de tensão no front e deixa ainda mais incerto o futuro das negociações entre Moscou e Kiev.
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